segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caixeiras do Itapecuru abre festa do divino em Grajaú

Festa popular é promovida pela Secretaria Municipal de Cultura.
Com a presença marcante do grupo de caixeiras do povoado Santa Rosa, município de Itapecuru, Maranhão, a Secretaria Municipal de Cultura, iniciou as festividades do Divino Espírito Santo em Grajaú. O evento faz parte do calendário cultural desde 2006, quando a secretaria resgatou esta tradição fazendo a novena do divino.
“Quando organizamos o grupo de devotos para sair pelas ruas, visitando casas e recebendo esmolas, sonhávamos e tínhamos o compromisso de manter viva essa devoção. E conseguimos! hoje o grupo cresceu e as visitas foram se tornaram mais animadas com a presença de sanfoneiros e cantorias. Atendemos a convites até de povoados mais distantes da cidade de Grajaú.”, falou a secretária de Cultura Rosa Soraida sobre o evento.
A abertura no sábado (19) teve início na Grota da Luz Frei Alberto Beretta com uma bonita procissão do Cortejo Imperial acompanhadas das caixeiras do Divino até a Igreja Catedral Nosso Senhor do Bonfim, Cidade Alta, onde acontecerá o hasteamento da bandeira e a coração do Imperador.
Durante essa semana, de 21 a 26 os devotos sairão pelos bairros da cidade fazendo as tradicionais visitas para a arrecadação de ofertas.
A missa de Pentecostes marcará o encerramento da festa no domingo (27). A Secretaria Municipal de Cultura de já convida todos os grajauenses para participar dessa festa, valorizando e divulgando a cultura popular desta terra.
Relembrando
Em Grajaú, a festa com características sertanejas era realizada por famílias que se reuniam e realizavam o culto ao Divino Espírito Santo para pagar promessas.
Uma de suas maiores organizadoras foi Dona Maria do Espírito Santo, da Família Santos. Dona Espírito era caixeira e saia de casa em casa pedindo ofertas para o Divino. Sua família mantém a promessa da Novena do Divino Espírito Santo até os dias de hoje.
Durante a novena, o cortejo conta com um casal de reis, anjos e cantores. As visitas são sempre realizadas à noite de casa em casa seguindo convites. Em cada parada entoam-se os cânticos seguidos de um xote e uma valsa dos reis com os donos da casa. As esmolas arrecadadas são transformadas em cestas básicas e festa de confraternização no domingo de Pentecostes.

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